29.5.08

Pros velhos

Na cozinha, lavando tudo que havia sujado depois do meu café da tarde, resolvi aproveitar o tempo livre e a vontade de fazer algo por eles, depois de tanto tempo relapsa. Espremi as laranjas para um suco (sugestão do meu pai), ia fazer o arroz e lá veio meu velho querendo que eu deixasse tudo como estava, que ele mesmo ia fazer. Como se tivesse medo de que eu me zangasse por estar na cozinha, fazendo o jantar para toda a família. Pensei que não tenho passado uma boa imagem para eles. Continuei no firme propósito de arranjar tudo com o maior carinho possível. A carne fresca que ele trouxera ainda há pouquíssimo, nas minhas mãos viraram suculentos bifes, levemente batidos e temperados ao gosto dele: pouco sal e pouco tempero. Quem quisesse que colocasse mais no prato, se julgasse necessário. Encontrei abobrinhas frescas e resolvi fazê-las refogadas. Aproveitei e lavei alguns pés de alface para a salada irmão...E fiz tudo com o maior gosto. Fazia tanto tempo que não cozinhava, nem pra mim e tampouco para eles. Minha velha chegou do trabalho e ficou contentíssima de me ver, àquela hora, em casa e ainda cozinhando. Assim poupei mais um trabalho dela: arrumar o jantar depois de labutar o dia todo. Depois, lavei tudo, sequei, guardei. Já no quarto, sentada para este post, ouço meu velho, da sala: "filha, sua comida estava dez!". Ganhei a noite.

2 comentários:

Édnei Pedroso disse...

Ba-ca-na. Reconhecimento é o que há...cozinha pra mim qualquer hora dessas???

Anônimo disse...

Família realmente é nosso porto seguro.