21.1.08

Presente de Natal

Numa visita despretenciosa, em plena tarde de segunda-feira, finalmente a primeira vez. Já haviam me falado dela, mas eu mesma ainda não havia experimentado. Entramos todos no salão e começamos a festejar. Ouve-se o primeiro desarrolhar de espumante, seguido de vários outros, em seqüência, e diversos tim-tins. Brotaram máquinas fotográficas, sorrisos, abraços apertados, de despedida, de confraternização. O salto alto que eu usava logo foi abolido e trocado por um chinelo bem confortável. A música pedia. O ambiente pedia. E minhas pernas também. E outras rolhas foram pululando, novas taças sendo preenchidas. Até uma Veuve Cliqot apareceu na festa. Mas então, o que era tão legal, foi se esvaindo, se acabando. As imagens começaram a se embaçar, a se embaralhar na cabeça, nas vistas. As pessoas foram se retirando. Metrô. Vertigem. Quadrados passando debaixo de rodas. Uma leve queimação no braço. A cama da casa da tia. Na manhã do dia seguinte, concluí que, aos 26 anos, em plena noite natalina, passara por meu primeiro coma alcoólico. Demorou, mas chegou.

2 comentários:

Adriádene disse...

Que inveja de você, um coma alcoólico tão light... O meu primeiro foi de arrepiar, eu deveria ter parado de beber, mas...rs rs rs Beijos mil!!!!

Anônimo disse...

Bah que bom pra ti, o meu primeiro coma alcoolico, e espero que último, foi com 15 anos. Nunca tinha bebido antes...E bebi um copo de Red Label...Fui parar no Hospital, glicose na veia. Minha mãe nem brigo comigo, mas a minha consciência me martiriza até hoje...