1.2.07

Replay

Uma tarde como aquela...eu devia mesmo ter desconfiado que algo fora do controle poderia acontecer. Sol, calor, bebida gelada, música animada. Marquei de encontrar-me com três amigos – duas moças e um rapaz. No decorrer das horas o amigo e uma das amigas entraram em acordo e dedicaram-se a beijos e abraços. Já quando a noite chegava, o rapaz nos convidou para comer uma pizza em sua casa. A amiga que ficou de conversa comigo resolver ir logo embora. E eu, com todo aquele álcool na cabeça e os hormônios em fúria, deixei-me levar por ele. Enquanto minha amiga estava no banheiro, agarrou-me e deu um beijos. Não sei se igual ou diferente aos que trocara com a outra durante a tarde. Logo depois, passado o inesperado da situação, voltamos a conversar como se nada houvesse se passado. E ela também.

***

Noite alta, madrugada como normalmente dizemos. A casa noturna fervia. Gentes se olhavam, dançavam, bebiam, riam. Eu estava lá, aproveitando a noite em companhia de alguns amigos. Uma das garotas do grupo ofereceu-me o namorado como par de dança. Uma, duas, cinco, sei lá quantas vezes. E numa dessas danças ele inventa de querer colocar a língua dele em contato com a minha. Rejeitei, mas algo sempre escapa. Pediu-me desculpas, disse que foi o calor, a bebida. Desculpei a ele, fazer o que? Só não consegui desculpar a mim pela mesma falha. E com a mesma pessoa.

4 comentários:

Anônimo disse...

é o calor,... dentro da gente há muitos verões também, verões que nos traem,... tenho adorado as tuas visitas,... tomara que um dia, uma visite a outra,... tá faltando aquele brinde,... super beijo

Anônimo disse...

Calor, bebida, um toque... não sei o que fiz... quantas vezes essa frase se repete... quantas são realmente verdadeiras? Beijo grande.

Anônimo disse...

a língua é molhada, escorregadia, se move tal qual serpente, mexe e remexe com a gente, traz o que nos alimenta pra dentro, mas acaba sempre nos traindo e revela o que explode lá dentro...

Anônimo disse...

ah, a falha seria o sim ou o não???