11.1.07

Virada

No final das contas só sobraram ele e eu. Ele, que de tantos amigos nenhum, ao menos, esteve disposto ou o animou o suficiente para que viajassem juntos. Eu, que de tão poucas amizades sinceras fiquei sem ter o que fazer justamente numa das festas mais esperadas do ano: o Réveillon. E então, de olho no olho, enfrentamos a realidade: só sobramos nós. As vontades coincidiam, felizmente, e convergiam para o mar. Um mar nunca dantes...nem por ele, nem por mim. E foram dias incríveis naquela paisagem quase deserta, onde o sol pouco alcançava, onde o vento sempre encontrava e onde a Lua passava, timidamente, algumas noites daquelas. Direi que fui feliz ali, naquela abundância de verdes. Algumas descobertas e muita tristeza na volta. Vida que segue.

2 comentários:

Unknown disse...

A passagem... sempre uma reflexão. A paisagem, descobertas. Adorei o cenário pelo qual vc me transportou.
bjos

Anônimo disse...

Por diversas vezes me emociono com as palavras dessa menina que fala tão bem das coisas que vão dentro da gente. Faz-me supor que jamais deixaria alguém sem ser regado pela água fresca de sua presença. Saudades de nossa breve amizade. Beijos