Tinha eu meus 10 anos e uma amiga chamada Vanusa. Ela, mais velha, já era uma profusão de curvas. Negra, grandes seios, ancas largas. Mas tão menina quanto eu. Depois da escola, íamos até o trabalho da mãe dela para passar o tempo. Passeávamos pelas salas, que a mãe de Vanusa limpava com esmero. Sempre parávamos na sala de seu Athaíde. Ele cuidava das fotocópias da empresa. Apesar da idade – pela barba grisalha, presumo que já contava mais de 50 primaveras – devia achar-se também uma criança. E criança gosta de brincar com criança. Eu entrava na sala e ficava brincando com os papéis do bom velhinho. E ele brincava comigo. Mexia nos meus pequenos seios, que naquela época eram apenas um reles esboço do que se tornariam. Só muito tempo depois entendi o que se passava na sala de seu Athaíde. Entre ele, suas mãos grossas e meus pequenos seios virgens.
(Republicado por pura admiração da própria autora)
7.8.06
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6 comentários:
Chocante! Isso é demais pra mim...
Uou, forte! Vinha lendo e notando que há, sim, poesia em sua prosa... mas o tema causa aquele impacto dos filmes chocantes!
beijardins
Já tinha adorado da primeira vez e gosto ainda mais agora... é bom algo que resiste a duas publicações..bj
Texto impactante, mas ao mesmo tempo escrito com uma leveza que até assusta e causa admiração... :)
Gostei.
E obrigada pela visita no Blog de 7!
Beijos.
Não tenho palavras para descrever o que acho desse texto.... perfeito.
Adorei o texto... só espero q seja ficção =(
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