Meu corpo

Despertou-me um sonho estranho. Entre as pernas, um calor latente insistia em não esmorecer. Sem pensar, por instinto, deslizei ambas as mãos até o púbis e comecei a acariciar as carnes, em brasa. Sentia que o calor se alastrava pelo clitóris. Aumentei a velocidade dos movimentos e então...aconteceu! Meu primeiro orgasmo. Tinha então 11 anos e sabia mais, àquela altura, sobre o corpo feminino que todas as minhas amigas. Tinha aulas de educação sexual no colégio e isto me ajudou a não ver, no ato do prazer solitário, um pecado ou algo de que eu pudesse sentir vergonha. Passava os dias sozinha e por uns bons anos masturbava-me constantemente, diariamente. Em alguns dias mais de duas, três vezes. Aquilo me fazia (faz) bem. Aos 17 anos, enquanto todas as minhas amigas já trepavam e se vangloriavam de tal feito, eu apenas ouvia a tudo atentamente. E continuava virgem, mais por convicção do que por falta de vontade. Mantive-me assim até os 20, quando finalmente dei adeus à parte mais incômoda de uma mulher: o hímen. Até hoje me masturbo. E cada vez me sinto mais completa numa cama. Seja sozinha ou acompanhada.