11.10.05
Inocência
Tinha eu meus 10 anos e uma amiga chamada Vanusa. Ela, mais velha, já era uma profusão de curvas. Negra, grandes seios, ancas largas. Mas tão menina quanto eu. Depois da escola, íamos até o trabalho da mãe dela para passar o tempo. Passeávamos pelas salas, que a mãe de Vanusa limpava com esmero. Sempre parávamos na sala de seu Athaíde. Ele cuidava das fotocópias da empresa. Apesar da idade – pela barba grisalha, presumo que já contava mais de 50 primaveras – devia achar-se também uma criança. E criança gosta de brincar com criança. Eu entrava na sala e ficava brincando com os papéis do bom velhinho. E ele brincava comigo. Mexia nos meus pequenos seios, que naquela época eram apenas um reles esboço do que se tornariam. Só muito tempo depois entendi o que se passava na sala de seu Athaíde. Entre ele, suas mãos grossas e meus pequenos seios virgens.
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