4.8.07

Revival

Três anos se passaram. Durante esse tempo eu não fiquei sentada num banquinho vendo a vida acontecer. Ele, tão pouco. Mesmo assim, quando nos reencontramos, a sensação era de que o tempo havia parado naquela noite fria, uma sexta-feira chuvosa, quando ficamos pela primeira vez. Ele logo sugeriu a própria casa para ficarmos mais à vontade. Já recostado nos travesseiros da cama, oferecia os pés para massagem enquanto falávamos de trabalho, amores mal-resolvidos – ponto comum a ambos – e viagens. Tive vontade de beijá-lo e antes mesmo de concluir o pensamento já estávamos envolvidos um nos braços do outro. Tudo confirmava o que já havia ficado claro. O toque, a pele macia, o cheiro, o gosto. Cada palavra saída daquela boca tinha um som diferente, um sentido amplificado. Adormecemos e pouco depois, pela janela, o sol avisava-me que era hora de partir. Nosso tempo juntos havia terminado. Pelo menos por aquela noite.

Um comentário:

Anônimo disse...

Não importa... é sempre bom, né? Beijos!!!!