6.4.07
Na Augusta
Ela era uma “moreninha deliciosa”, me dissera enquanto acendia um cigarro, tomava um gole de cerveja e se preparava para contar o restante da história. Ele e um amigo haviam decidido passar as horas que ainda faltavam para o romper da aurora nos braços de uma dessas mulheres, que ganham a vida a oferecer prazer a solitários como eles. Entraram na casa noturna. “Nunca vou me esquecer do nome”, e seus olhos emanavam brilho ao recordar tão vividamente aqueles momentos. Ele logo encontrou sua eleita. O amigo também, porém não queria ficar com a sua escolhida naquele lugar. “Me empresta o teu carro? Eu juro que tomo cuidado”. Pedido feito e aceito. A morena mal o deixava pensar direito, a não ser no que estavam por fazer dali pra frente. Ao sair da casa, com o sol já a iluminar as calçadas, ele chamou um táxi. Ao passar por um farol, viu um acidente de carro e ainda pensou: “nossa, só sobrou o capô”. Pouco depois um telefonema. O amigo havia batido o carro ao deixar a moça que o atendeu noite adentro em sua “residência”. No hospital, o amigo ainda muito ferido, fez questão de tranqüilizá-lo quanto à batida, arcaria com as despesas. Apesar de se importar com o carro, ele estaria mais ocupado em se deleitar com as maravilhosas recordações daquela noite. “Que noite! Que morena! Outra como aquela...nunca mais”.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
4 comentários:
Cuidado: trepar pode ser prejudicial a saúde!
Salve o corriqueiro e a loucura.
Beijos
Esse sabe que a vida é sempre mais!
Parabéns, sambei por outros cantos, mas soltei um canto por você... novos sábados, ou segundas, virão...
Postar um comentário