4.7.06

Escadas

1999, uma noite de setembro. Tórridos amassos no carro. “Aqui não, é perigoso. Já roubaram vários casais nas últimas semanas”. Onde então? Idéias de uma mente mirabolante: a escada do condomínio. Afinal, naquela madrugada fria, quem é que se daria ao trabalho de vigiar um lugar tão...tão...inusitado? Mas eu ainda era iniciante...ficamos mesmo no ora, veja. Eu, sem roupa. Ele, sem sexo.

***

2000, início de uma deliciosa noite de verão. Ele e eu transbordando de tesão. Só que a aula já ia começar, não dava tempo de sair, não tínhamos tempo pra voltar. Só que guardar aquele desejo todo estava fora de cogitação. Ele entra pela porta corta-fogo. Subo um andar e entro pela outra. Finalmente, juntos. Passos inesperados descem pelas escadas. Saciado, ele, teve de sair às pressas com o gozo recém-chegado a gotejar...

***

2005, outra cidade, outra paixão. Durante uma rápida viagem, tive de dividir o quarto com outra garota, nada agradável. Eu viajava em companhia de outras pessoas. Acabei fazendo amizade. Outra vez, paixão. A situação dele era a mesma. O quarto também era dividido com personas non gratas. E cinco anos depois, volto ao ponto da quase partida para um novo encontro furtivo. Sinto as marcas, presentes.

5 comentários:

Anônimo disse...

Não preciso comentar do tema... tinha saudades desses textos... muito bom!

Anônimo disse...

isso me lembra outros submundos...

Anônimo disse...

A mim tbm...

Anônimo disse...

nada às claras, nada escancarado... asssim as coisas tornam-se mais prazerosas.

Anônimo disse...

sempre adorei uns degrauzinhos... rs...